segunda-feira, 26 de julho de 2010

Deixa-la-ei...


Não me espere, não estarei nesse caminho que resolveu traçar para mim... Não é mais minha guia... não é mais minha pedra fundamental...


Tu és banal na sua mediocridade... vou me utilizar dos seus meios para te ferir... usá-la hei assim como me usou... transformarei o sentimento que nutri por ti... verás o meu amor, não mais aquele amor adolescente e ingênuo... e sim um que você nunca experimentou... um amor regado de ódio, raiva que não mais existe em mim... a quero perto dos meus sentidos... impregnada na minha pele áspera... não serei mais sua marionete... não serei... não serei... esse será meu mantra...


Não ignoras minha loucura... não pense... não reaja... não mintas... não sejas assim tão puta como está sendo pra mim... essas ações tem limites e meu coração não mais aceita isso tudo... ele está mudado para ti... totalmente... inevitavelmente...


Não sofrerei mais neste inverno, nem na primavera que virá em setembro, estou colhendo as migalhas que me deixou antes das estações mudarem... Metamorfosearei em breve... e sentirás a minha falta, muito mais a que sinto agora...


Deixar-te-ei... um dia... completamente...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Uivando...


O corpo treme quando ela toca... suas vibrações me deixam extasiada...



"Y ahora que todo ha acabado

Que tu vida cae en picado


¿Quién te va a querer ahora?


¿Quién te va a querer ahora?"


O choque, o atrito de nossa pele... os olhos semicerrados...


"Y ahora que la luz del día

Brilla sobre tus pupilas

¿Quién se va a creer tu historia?

¿Quién se va a creer tu historia? "


As mãos não tão agéis, imaturas para uma figura tão divinamente bela...


"Niño, enciende el fuego

El fuego que llevo dentro


Niño enciende el fuego

Que llevo dentro"


Sentidos se afloram e as chamas queimam meus ossos... só cinzas...


"Niño, no tengas miedo

Ahora que esta oscureciendo


Yo te taparé los ojos


Para no verlos

Para no verlos"



E a criatura frágil se esconde dos medos, dos perigos criados pelo seu próprio pensamento...

"Y dime si sientes lo mismo

Y dime si estás conmigo

O contra mí

O contra mí"


E morres sem saber quem estava ao seu lado, aquele ser sem maturidade suficiente pra te proteger e levá-lo para o seu mundo...

"Porque la misma confusión
La sientes tú, la siento yo

Yo me limito a seguir

La ley de mi corazón"


E vejo que minha visão se foi, assim como meu tato, audição, olfato... Não sinto mais nada... Só um vazio tremendo preenchendo meu interior... esperanças... lembranças... personagens que se foram e não voltarão... não enquanto estiver aqui... entre meus dedos, entre meus músculos, ligando as fibras que constituem meu corpo humano... Vértebras, veias... sensibilidade imediata! Não enquanto meus poros estiverem abertos... Não enquanto eu estiver respirando minha poética incerta...


"Si tú me quieres
Me dejarás volar
Si tú me quieres
Me dejarás volar


Pero si tú me quieres
Me dejarás marchar
Y algún día podremos
Volvernos a encontrar
Y no me harás reproches"


*Trechos das músicas "El artista del alambre", "Gato Negro" y "Las chicas de mi bairro" de Amaral.