terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Coisas da internet


Fernanda desculpa-se, são coisas da internet. Apaixonar-se às vezes são coisas da internet.


A internet contribui para que ela receba notícias do mundo todo, mas não recebe a sinceridade completa de sua alma...


Fernanda acorda em seu leito e se vê navegando nos seus sentimentos inevitáveis. Pula da cama depois de ter dormir 5h tendo desejado dormir apenas uma. O móbile em cima da máquina de costura é capturado com uma pressa, a pressa que aguardava há muito tempo.


Coisas da internet. Sentimentos, família e esperanças. Coisas da internet. Ter momentos especiais com uma mulher todos esses anos foram COISAS DA INTERNET!


Fernanda deseja voltar para sua casa, para o momento de seu nascimento e viver como se não houvesse essas coisas da internet...


Entregar o amor

E não ser atenta

É um descuido evitável

Poeta.


Sem estrutura e levemente abalada em suas costas está o peso de suas decisões... a taça em sua frente agora vazia mostra sua solidão. Uma única taça que carrega o cálice desejado, que não trás nada além de água e bactérias que corroem seu coração.


São coisas da internet o incerto dos anos que se foram... a entrega da alma e do corpo, os sonhos, os laços... marionete de um desejo insano de uma alma ardente de paixão... Fernanda sabia onde tinha se metido, sabia que sairia desfacelada... sabia que “ouviria” palavras que a deixaria magoada... mas o amor veio tão arrebatador que foi embora como assim chegou...


São nas coisas de internet que ela se segura para não cair, é na internet que ela busca uma parte de sua alma... a que fugiu...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Animais de estimação



O que fazer quando alguém que você ama muito vai embora? Como agir? Como se portar sem lágrimas e saudades?

Stefanny fugiu do aquário sem ninguém ver... o recipiente em que ela vivia continua intacto, mas o coração daquela moça está despedaçado.

A agitação no meio da noite, o vidro fechado e ela arranhando... tentando sair do cubículo que a colocaram sem nenhuma permissão... A tiraram de sua natureza e ela foi obrigada a viver com água da torneira, sozinha... de portas cerradas, sem luz no seu casco... sem sua liberdade.

Por que ela fugiu? A falta de alimentação, a solidão, sem poder correr pela areia da praia, de algum rio ou o Tietê...

O aquário ali na estante agora limpo... sem cheiro de água suja, de pele trocada... o aquário vazio e cheio de lembranças... saudades da minha criança...

Ainda me restam alguns animais... outra tartaruga no outro aquário... sem sua liberdade também... meu cachorro Potter que está preso em sua corrente a anos... o louro que sozinho repete as reclamações e conselhos de mamãe e os pedidos de papai... o pitt bull Shaquille que é novo em casa, que com vivacidade trás um ar de liberdade e tratos que jamais dediquei aos outros animais...

Uma sensação estranha abala o peito, será que sou muito má e descuidada? Stefanny estava à espreita para fugir, a porta da sala aberta fez com que ela tomasse coragem e zarpasse para longe de mim... Espero que ela tenha encontrado o que buscava, o coração chora, mas é a liberdade que ambas buscam...

O aquário continuará lá, não quero outro animal... quero só recordar de minha pequena que se foi, me deixou como eu deixaria outras pesssoas...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bebidas & Cia...


O colarinho nos lábios prova que ela bebeu o que ansiava há tempos! Afogar as mágoas naquele copo de vidro, naquele copo que talvez espatifaria no chão se estivesse num grau ilimitado...



Em sua frente três vidros: o de azeite, o de pimenta e o de alho. E o que ela pensa? Pega essas garrafas e ameça beber... seu corpo deseja sentir a garganta queimando com a pimenta extremamente ardida... a boca queimando por algo que a feriria completamente... seu estômago não aguentaria por muito tempo, sua estrutura física entraria em estado de calamidade! Mas seu psicológico a felicitaria por essa audácia... seu corpo em fervor brindaria! Felicidades!



Presa ao cinto de segurança sente-se mais confortável... seus instintos se acalmam, a ilusão da mesa vai embora... o açúcar já em suas veias a faz esquecer que a pouco estava alterada, sem vexames, mas com pensamentos sórdidos!



Em frente ao teclado e uma tela a personagem se cria, os pecados voltam a ser cometidos... menina dos olhos não toma mais cuidado... não deleta da sua mente as lembranças que a infernizam! Ilusionista, femme fatale a erotiza...



Embriagada não se encontra... o álcool já se evaporou e o que resta são só palavras escritas... palavras jamais esquecidas...



Não é a bebida que a incomoda e a faz escrever... é a outra que quer Ser.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Encontros e desencontros


O que prende meus olhos não é o sono, mas sim a feição ainda jovem daquela mulher. Sua face denuncia o cansaço. Ao roer as unhas alerta a ansiedade com a partida. Braços dados com seu homem, caras e bocas em aprovação ou não do que é dito.

O beijo da despedida, o olhar triste, encontros e desencontros de seres que ainda se ama, de seres que se esperam...

Pensar faz-me outra totalmente estranha. Não me incomoda a solidão, incomoda-me o não me encontrar nos atos, nas atitudes incertas, nos gozos momentâneos.

Não me envergonho de amar

A mulher do próximo

Envergonho-me não sentir

Essa mulher passar

E eu não sorrir...


Deveria me sentir

A maior das pecadoras

Por deliciar-me em sonhos

Com a sedutora...


A consciência não pesa

Quando penso nela

A razão somente me alerta

“Cuidado com a fera!”


Confesso, eu sinto

Meus instintos se aflorarem

Escrevo um poema todos os dias

Depois de admirar

A figura que hesita.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Admiração


Admiração


Admiro-a de forma instantânea

Sem palavras, sem sentimentos

Uma admiração modesta

Que expressa...


Sem prosa já encantava

E despertava poesia

A distância antes separava

O que agora não é mais melancolia.


Admiro-a sem pestanejar

Uma graça ou um defeito

Tudo que é explorado nela

Recheiam-me os versos.


Uma noite há de vir

Encontrar-me em meus sonhos

Minhas pestanas fecharão

Para minha menina

Brincar de paixão.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sentir saudades


Sentir saudades


Manhã de quarta-feira

E a certeza de que não a verei

Com seu ar apaixonado e juvenil

Estonteante e envolvente.


A imagem guardada

É uma forma de lembrar

Recordar de alguém que estimo

Que agora está no plano poético.


O esquecimento seria inevitável,

Mas é a única musa que sobrevive

Com características reais e imagéticas

No meu mundo cibernético.


Sentir saudades eu sinto

Não me custa admitir,

Mulher que meus olhos admiram

No meu coração não se findam.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Bem-vindo 2011


Poema da virada 2010/2011


Mais um ano se vai

E já me deixa com saudades

2010 foi um período de libertação

Referentes ao meu coração.


O mar me conheceu

São Paulo me descobriu

Amizades foram fortalecidas

Pessoas que eu odiava

Tornaram-se queridas.


Um pé na bunda mudou minha vida,

Mas a cabeça não se transformou

InterUnesp foi um divisor de águas

Mostrou-me minha capacidade

De amar e curtir

Sem se preocupar em me ferir.


Festas e bebidas

Fotos que comprometeram

A imagem que construí,

Momentos inesquecíveis

Com pessoas especiais

Relações que marcaram

Enraizaram em mim.


Uma princesa nasceu

E deu seu sorriso para o mundo,

Inspirações me ocorreram,

Com A, com R e M

Musas de corredores

De sorrisos, de pernas e outros...


Não consigo contabilizar

Os momentos que me marcaram

2010 foi e será um ano especial

Em que Ela me deixou por outra

E curti a vida sem me preocupar

A saudade ainda bate

Nesses momentos fico emotiva

Penso n’Ela e nos amigos...


Ano de ilusões

De derrotas

De aprendizados

Ano como os outros...

Ano que está registrado

Nas páginas sensíveis de um diário

Diário de uma poeta...