Ela senta diante de um trono incerto... a cama desfeita... o edredon amassado num canto ilustra a noite em que passaram juntas... o quarto com seu olor de corpos esgotados...
O sono aparente... Sua estrutura se finda em qualquer toque... o corpo desmorona como cristal... Arranha-céu... onde estará o inalcançável? Vê diante de um espelho a imagem dela... desfalece...
Entrega-se...
A lágrima contida sem motivo aparente. Os anos passam...
Diante de uma janela ela observa a vegetação. Não há nada além de quadros e estruturas metálicas... onde estará?
Fernanda está feliz, está se sentindo completa... e por que se porta dessa forma? Será o spleen de Álvares que a assolou? Não vês que tudo isso é fruto de sua imaginação?
Estirada na cama observa a menina que um dia foi... Sentes saudades de uma infância que não mais lembra como deveria? Sentes falta do carinho diário e da melancolia constante dos seus 15 anos? Não... Sim... Não... Sim... Talvez...
Quem és? Quem serás? Ela não sabe... mas sua vida está só começando...
Fernanda? Beatriz? Não... instantes...
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