Fernanda desculpa-se, são coisas da internet. Apaixonar-se às vezes são coisas da internet.
A internet contribui para que ela receba notícias do mundo todo, mas não recebe a sinceridade completa de sua alma...
Fernanda acorda em seu leito e se vê navegando nos seus sentimentos inevitáveis. Pula da cama depois de ter dormir 5h tendo desejado dormir apenas uma. O móbile em cima da máquina de costura é capturado com uma pressa, a pressa que aguardava há muito tempo.
Coisas da internet. Sentimentos, família e esperanças. Coisas da internet. Ter momentos especiais com uma mulher todos esses anos foram COISAS DA INTERNET!
Fernanda deseja voltar para sua casa, para o momento de seu nascimento e viver como se não houvesse essas coisas da internet...
Entregar o amor
E não ser atenta
É um descuido evitável
Poeta.
Sem estrutura e levemente abalada em suas costas está o peso de suas decisões... a taça em sua frente agora vazia mostra sua solidão. Uma única taça que carrega o cálice desejado, que não trás nada além de água e bactérias que corroem seu coração.
São coisas da internet o incerto dos anos que se foram... a entrega da alma e do corpo, os sonhos, os laços... marionete de um desejo insano de uma alma ardente de paixão... Fernanda sabia onde tinha se metido, sabia que sairia desfacelada... sabia que “ouviria” palavras que a deixaria magoada... mas o amor veio tão arrebatador que foi embora como assim chegou...
São nas coisas de internet que ela se segura para não cair, é na internet que ela busca uma parte de sua alma... a que fugiu...
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