Entre quatro paredes ela se pergunta, quem sou eu? Os objetos que compõem seu quarto certamente poderiam identificá-la, mas são vários Eus que se confundem em cada espaço de sua minúscula habitação.
Prosta-se nua em frente ao espelho e vê que as mudanças ocorreram, aquele corpo de menina há muito tempo se foi... e agora é uma mulher!
Ela se conhece em cada toque de suas mãos, a cada carícia dada que enfeitiça seu ego... ela se deita e proclama!
A pergunta novamente a chama... Quem sou eu?
A pele negra com manchas de sol nunca a incomodara... considera-se negra?
Em sua estante alguns livros se encontram, mas nenhum deles falam de sua raça e sim dos seus sentimentos.
Negra talvez seja,
Mas não sabe de sua cultura
A cor está na pele,
Mas a consciência é imatura.
Grita aos quatro ventos
Que é descendente de africano,
Em seus olhos vemos o preconceito
De um povo traiçoeiro.
A História foi traçada
Basta se adaptar
Saiba quem você é
Pra depois dar no pé.
4 comentários:
Quando a cor está na pele mas a consciência é madura, vemos uma pessoa competente, poeta maravilhosa e, que se precisar dar no pé, será para ir na busca de maior glória e reconhecimento.Conheço alguém asssim, moiça bonita e competente.
Beatriz... gostaria de convidá-la a participar da coletânea Tantas Palavras... mais informações no meu blog: www.antonioluceni.blogspot.com
Nossa você é otima parabens !
Parabéns, poetinha linda, pela sua sensibilidade na arte de escrever .
forte abraço, sucesso.....
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