sexta-feira, 11 de março de 2011

Pensamentos mórbidos



Menina não me olhe assim, desse jeito vai machucar seu frágil coração...

A música de plano de fundo, o fundo de sua alma tão sombria... os olhos desejosos de um corpo inerte... necrofilia talvez... O que Álvares de Azevedo diria dela? Vai fundo minha donzela... continue com esses prazeres mundanos... fará mal a ti, mas explorará seus sentidos mais ambíguos...

Os olhos fechados e com olheiras vermelhas e roxas, a pele fria... aproxime-se. Não diga que tem medo porque sei que não tem... beije aquele face morta que tanto desejou...

Imóvel... mãos frias e não mais acolhedoras... eu quero-a... não é uma vampira dos novos e antigos romances juvenis... é um ser morto dos seus pensamentos...
Entrelaçados naquele momento em que os corpos se fundirião... uma fusão ilícita...

Menina que se fere com os desejos impróprios... a vontade de ter aquele ser junto ao seu... ser que já morreu em seus sonhos, mulher que não mais visita sua mente sã... diga-me que não quer morrer assim... inevitável se foi de seus sonhos e de uma realidade que nunca existiu...

A menina fecha os olhos, percorre com uma de suas mãos o seu corpo, deixando-se no seu sexo... sente o corpo reagir aos seus toques... abre os olhos e lembra... fecha novamente e excita-se com as lembranças que ficaram.... as lágrimas escorrem e adormece...

2 comentários:

Elaine Crespo disse...

Olá!Boa noite! Linda postagem, adoro poesia! Estou seguindo. Parabéns pelo blog!Lindo domingo! Beijos :D

Elaine Crespo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.