quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Aurora Perfilada



Anoitece. Os olhos fitam a pele envelhecida pelo tempo. Qual mundo mergulhaste? Passado. Infiltra no inconsciente dos seus atos e anseios. Cuidado.
O interior por seus olhos. Inconstantes. A delicadeza de passos aventurando-se por essas relvas selvagens. Mãos de titânio. Corpo inerte, alma receosa em dar um passo teoricamente em falso. Medo?
Telas. Quadros de momentos válidos. Valor? O preço de um segredo... Coração bombardeando as veias que ligam ambos os mundos em que habitas... Relvas verdejantes, riacho... ligamentos, conexões entre as linhas de uma estrutura.
Perfilhamentos. Obstáculos entre os lábios. Marcas. O constante entra e sai interfere na ligação entre Fernanda e seu mundo à parte.
Beleza. És incomum. Tua beleza exala pelos poros o anseio... Indecifrável. Pernas estiradas em seus desafios diários, caminhas para ela dia após dia... Braços cruzados no peito. Proteção? Cansaço. Os lábios dialogam, o órgão semi úmido deseja matar a sede... línguas dizem... Beije-me.
Caminhos. Os toques que não se tocam devido à temporalidade do tempo.
Enlaça. A mão direita acariciando o ombro. Conforto. Olhares que revelam e insistem em não tirar o manto de algumas sombras...
Obstáculos. No pico de uma colina desvela-se. Ladeira.
Amanhece. Os olhos fitam a pele envelhecida. Indaga-se. Eis aí a mulher dos seus olhos, os estereótipos quebrados. A personagem que diz: sou real e sei sentir.

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