Anoitece. Os olhos fitam a pele
envelhecida pelo tempo. Qual mundo mergulhaste? Passado. Infiltra no
inconsciente dos seus atos e anseios. Cuidado.
O interior por seus olhos.
Inconstantes. A delicadeza de passos aventurando-se por essas relvas selvagens.
Mãos de titânio. Corpo inerte, alma receosa em dar um passo teoricamente em
falso. Medo?
Telas. Quadros de momentos
válidos. Valor? O preço de um segredo... Coração bombardeando as veias que
ligam ambos os mundos em que habitas... Relvas verdejantes, riacho...
ligamentos, conexões entre as linhas de uma estrutura.
Perfilhamentos. Obstáculos entre
os lábios. Marcas. O constante entra e sai interfere na ligação entre Fernanda
e seu mundo à parte.
Beleza. És incomum. Tua beleza
exala pelos poros o anseio... Indecifrável. Pernas estiradas em seus desafios
diários, caminhas para ela dia após dia... Braços cruzados no peito. Proteção?
Cansaço. Os lábios dialogam, o órgão semi úmido deseja matar a sede... línguas
dizem... Beije-me.
Caminhos. Os toques que não se
tocam devido à temporalidade do tempo.
Enlaça. A mão direita acariciando
o ombro. Conforto. Olhares que revelam e insistem em não tirar o manto de
algumas sombras...
Obstáculos. No pico de uma colina
desvela-se. Ladeira.
Amanhece. Os olhos fitam a pele
envelhecida. Indaga-se. Eis aí a mulher dos seus olhos, os estereótipos
quebrados. A personagem que diz: sou real e sei sentir.
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