segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Diante de uma obra de arte



Os olhos marejados. As mãos trêmulas. As pálpebras fechando lentamente... Acorde. As madeixas enroladas, irregulares... a mecha nos olhos amendoados... quanto devaneio numa alma tão perspicaz...

Do que constitui a face tão bela? As pintas em seu corpo, aquelas que não foram descobertas... as cicatrizes de espinhas e acnes de uma juventude que aparentemente desconhece...

Esfolego. Os lábios consistentes e avermelhados tiram o fôlego... as curvas... o passeio... esfolegasse só de admirar a fonte plausível de suas tentações...

Perfil. Os fios castanhos ocultam parcialmente seu rosto... imperfeições típicas de qualquer humano... imperfeições tão perfeitas na visão ambígua daquela que observa sem pestanejar...

Respiração ofegante. As indesejadas cutículas são retiradas com a sutileza de uma dama... transportasse para o mundo dos sonhos... os braços em riste... abraça-me... a pele sensível... a natureza ainda não a castigasse com a gravidade... és tão bela...

Curvas. A estrada cheia de desafios, de obstáculos tempestuosos... atravessa com leveza e ajuda do vento... constituição... mulher...

O mar. Na orla de uma praia mergulha seus pés no mar... sente as ondas movimentarem seus sentidos... sente os pés entrelaçados... mergulha-me... as duas raias separam-se... e compila sua estrutura...

Mulher. Um tremor emana dos seus poros... Destila-se... Destilo-me com suas vibrações...

Existência. A imaginação não lhe é cara... Ela não tem ciência do encantamento que provoca seus olhares... mulher de insônias e desejos sublimes... Inspiração? Sua permanência em meus sonhos reais é mais que uma fantasia concreta... És mais... É o tudo, é o Nada, É o certo, o talvez... o eixo de um existir do presente... És...

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bacana!!!
serei seguidora.