segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Desabafos... - 25/02/2009 – 1h26min




Ela vai e me deixa cheia de saudades, com pensamentos profundos, sentimentos confusos...


Ela me deixa sem ar, sem coração, morro, vivo, estremeço.


Ela é o meu pecado maior, meu amor mais intenso, minha poesia mais doce e ardente.


Os raios e trovões que ouço nessa noite, nessa madrugada, parece ser um recado de que algo está errado dentro de mim, o que estou fazendo comigo? Estou vivendo duas vidas, e cada uma de intensidade diferente, uma que se entrega e outra que... apenas sente...


Ela ta ocupada com outra pessoa e também estou com outro, não é fácil sentir o que sinto, é dolorido, é quente e frio ao mesmo tempo, é amargo no seu sabor mais doce, é uma lágrima que deveria ser salgada mas é ardente, queima minha pele com espinhas, com manchas, me deixa mais marcada pra dizer que algo está errado, algo precisa ser mudado dentro de mim mas não quero renunciar ao meu passado e presente, quero unificá-los, sentir plenamente É doentio pensar em amar só uma pessoa? O difícil é escolher quem você quer machucar menos... e o trovão vem de novo te desafiar e dizer que ta tudo mudado de alguma maneira, que você não é uma criança e sabe que faz muita gente sofrer e te esfregam na cara essa realidade amarga...


Ela te desafia a mudar, a viver com intensidade, buscar ser feliz na realidade verdadeira e você se arrisca a viver o que sempre quis fugir e descobre que com isso a afastará de você, do seu amor de anos, de um sentimento sublime. Pessoas te cobram fidelidade e você só promete sinceridade só que esta fere quem diz te amar, quem você descobre que quer ser feliz com você que não quer te dividir com ninguém porque sabe que com isso pode te perder pra sempre. É difícil satisfazer todo mundo e a si mesmo, é uma busca diária irrealizável.


Buscar dentro de si um sentido, uma razão por gostar tanto e machucar ainda mais, agir como se amasse mas não sabendo se ama ou não, porque AMOR é uma palavra forte e perigosa de se pronunciar, tem que ter sinceridade, e dizer que ama dois não parece ser sincero...


Dá vontade de voar quando olho para o céu e vejo as gaivotas agitadas, os pássaros na rede elétrica sem se ferir, queria ter esse poder de encostar num objeto perigoso, que mata sem ao menos me preocupar com a gravidade, na realidade sem medo de me machucar, mergulhar fundo num objetivo e visualizá-lo assim como os pássaros veem o horizonte.


É tão sublime imaginar um mundo perfeito, mas isso é ridículo ao mesmo tempo, o interessante é o estranho, as imperfeições porque ela nos prova, nos faz tomar do seu mel que é um veneno para alguns.


É tão bom sentir uma energia dentro do nosso corpo, sentir que seu coração bate forte, que você se sente completa... mas isso não passa de momentos... Momentos sem fazer o que sempre fez, poemas cheios de sentimentos reprimidos, mas agora estou tão clara... onde está a graça em revelar tudo? A sinceridade é meu forte, mas ela contada de algumas maneiras destroem os meus poemas... as minhas músicas internas, meus momentos mágicos e sublimes... escrevo sobre o desejo reprimido, alguns pensamentos de uma jovem... o que veria a ser o COMPLETO? É o complexo de que tudo que fiz ou faço está interligado por uma força estranha que vem dentro do meu corpo, que sai pelas minhas células através do meu suor diário, ou pela minha saliva ao dizer que tudo não passa de nada... e que só preciso do TUDO.


Todos tentam compreender o que passa na sua cabeça... na sua mente que expande a todo o momento, que dilata com canções, versos, poesias e paisagens... são coisas simples ou não mas que explicadas são terríveis de serem sentidas, o certo não existe, a verdade é somente uma mentira....


Ela me faz querer escrever mais e mais, me faz ouvir músicas sertanejas, de bar, rock, MPB... Ela me faz sentir que sinto mais do que cabe a meu corpo sentir, é algo que transborda em meu ser em aprendizado, são canções caladas misturadas com pensamentos que são escritos enquanto ela fala com outra pessoa, que me deixa esperando... e eu espero, a espero sempre, todo dia e sempre...


É tudo tão mágico nesse mundo incerto, é tudo doido é doentio esses movimentos que faço ao digitar pensamentos, a mente está abrindo aos poucos para a poesia, para o romance que desejo escrever futuramente sobre eu ainda não sei... talvez sobre ela... ou não... ela me mataria, a amo e não posso perdê-la... ela é tudo pra mim, quero ficar com ela, não precisa ser presença física e sim espiritual, ela é sublime pra mim... desperta desejos íntimos, loucuras talvez... mas é tão bela em sua essência, sua luz me ilumina, sua amizade me guia... e outro alguém pode me fazer feliz... mas ela é inesquecível, ela é a base da minha loucura, da minha poesia... muitas outras passaram pelo mesmo caminho mas só ela permaneceu, ela transcendeu todos os tempos, tenho uma ligação muito forte com sua alma... Será que convivi com ela em outras vidas? Talvez seja isso, talvez tenha que terminar o que começou a muito tempo... só espero seguir o caminho certo... mas será que existe um??


Ele me faz sentir bem, me acalma, só não me inspira a escrever muito... ele é diferente dela, não sei dizer... ela é o sonho e ele a realidade, a realidade pode ser excitante, mas não me realiza por completo... mas aos pouco vou descobrindo que não só de sonho vive o ser humano, gosto muito dele, talvez case com ele um dia, talvez fuja dele algum dia... talvez eu siga outro destino que nem eu imaginava que poderia seguir... mas nada que seja prejudicial a minha mente doentia e sã ao mesmo tempo.


Tenho medo do que eu desejo, do que eu penso com medo de que se materialize, tenho medo de dar um passo em falso, e o medo me consome como um leão estraçalha sua presa e dá aos seus filhotes, o medo de um é a vitória do outro. Não tenho medo de cair, tenho medo de não me levantar com a garra de antes... medo que o medo tem de me fazer crescer e desaparecer.


Ainda não se esgotou todas as minhas energias literárias, ou seria só coisas idiotas que resolvi escrever? Minha mente está cheia de informações e preciso ser formatada, escrevo aqui e sinto ela mais leve, compreendo mais o que se passa ao meu redor. Refletir... todo dia, todo instante... tudo friamente calculado, mas o tédio não se deixa vencer, a preguiça torna inimiga, mas quer se agarrar ao meu corpo e ficar... e as energias vem com tudo, suga de mim todo o pique de uma temporada de férias longas demais...


E resolvo parar por um instante pra respirar... e ela me chama.... e me diz que precisa ir... e quero chorar... e quero dizer que estou triste... ela sai e minha vida noturna acaba, ela se vai... e só daqui 24 horas verei suas letras rosas no MSN, e ela vai perguntar coisas....e vamos conversar... e vamos nos amar... e ela irá de novo... talvez a nossa última noite antes das minhas aulas começarem... e ela vai... vai estar mais perto e mais longe... e sentirei sua falta, como sinto todos os dias, me acostumei com sua presença virtual, com seus e-mails... e me apaixonei pelo seu mundo... pela sua vitalidade... pela sua cidade... e talvez um dia nossos sonhos se tornem realidade... e eu colocarei em cheque um relacionamento... mas nada dura pra sempre... só minhas poesias que ficam... pra ela... pra ela... pra lembrar o quanto fui feliz, o quanto serei feliz.... o quanto sonhei em ser completa....


A culpa toda é da Clarice Lispector... que me inspirou a escrever tudo isso... seu livro “Perto do Coração Selvagem”, escrito aos 17 anos de idade...



Beatriz Nascimento ou seria Nanda Nascimento?