domingo, 23 de dezembro de 2012

Incógnita



Abandono. Teias se entrelaçam mais uma vez. Desconhecido.

O que esperar? A porta está fechada. O quarto escuro ativa sentidos. Sorrisos histéricos brotam de um espelho ilusório. Quem és tu? Não me digas que ainda existe. Existe?

O som das teclas. O som de um coração morto em alma. Angústias? Pequena dança de uma criança. De uma criança adulta. Deixe-me descobri-la? O coração palpitante como da última vez... as mãos... as mãos e os dedos que apontam o caminho de uma perdição perfeita. Diga-me por que me atormenta?

Tremular. Tema. Temes o destino. O medo que invade seu futuro numa espécie de dèjà vu.

Cria-me novamente. Explore-me meus sentidos e me diga se vivo...

Vivo em ti. Vivo em mim. Tranquilizo-me na maré calma de um sentimento nobre.

Decisões... O que vai ser quando crescer? O que vai ser depois de todas as transformações? Será apenas um palpitar de um sonho que foi real.

Ela dorme. Ela finge que tudo está bem. Ela esconde seus verdadeiros medos.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Navegando em pensamentos...


Passaram-se alguns dias e minha mente permanece sã...

Aonde buscarei
A dita inspiração
Se em tantos mares naveguei
E já encontrei a grande paixão?

Os versos já entreguei
Para as musas de outrem,
Será que sou poeta fajuta
Ou finalmente me encontrei?

Mergulhada no alter ego
Infiltrei-me em galerias
As quais estavam escassas
De puro fel e melancolia.

A razão talvez modificou
O interior do desconhecido
Apareça poesia bela
É de ti que agora preciso.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Renascimento


À procura

Cadê você minha grande amiga?
Que de ímpetos me fazia viver?
Agora me deixastes no silêncio
Na calada da noite
Até o amanhecer...

Cadê você que me acolhia
Nos momentos de grande sofrimento?
Por que agora estando feliz
Você foge e me deixa aos prantos
Neste lamento?

Cadê você que me envolvia
Em paixões turbulentas?
Por que agora que encontrei a calmaria
Você se esconde de mim
Não tão singelamente?

Cadê você que explorava os meus sentidos
Em instantes de devaneios?
Não sentes mais o cheiro do desejo
Exalando pelos poros
Do meu corpo inerte?

Cadê você que se perdeu
Na inconstância dos meus pensamentos?
Chegou a hora de despertar
E encarar os seus próprios medos.