quarta-feira, 23 de junho de 2010

Poeticamente inevitável


Minha garganta seca pede um pouco de ar, minhas narinas necessitam de água para mergulhar na transitoriedade do tempo... O clima está pesado, o tempo está fechando e só de pensar nos desafios a alma levita...


Deslizo minhas unhas num corpo imaginário, elas se quebram com o simples contato com a estrutura empírica.


Estarei farta desse sentimento que me cerca sempre no momento em que cruzo com o olhar de uma bela dama, que me faz lembrar? Estarei navegante com o semblante de uma garota comum que passa e menospreza? Estarei estática com a realidade dos fatos que afetam os espíritos poético, psicológico e profissional?


Minha garganta presa... minha ingratidão transpassada nesse sorriso histérico.


Eu preciso de mãos, pernas, cabeça... preciso do corpo estirado na cama, de uma rosa, de um perfume... que me faça lembrar que ainda existo... e tenho motivos para sonhar...

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