Será que estou me apaixonando novamente? Será que alguma doença está me assolando? O corpo aflito insiste, persiste na droga que me definha... Eu a quero em essência, corpo nu, corpo revestido de doses de conhecimento, de anos que se passaram antes de eu vir ao mundo.
Ma Chérie. Quero percorrer suas curvas italianas abrasileiradas. Necessidade de estar junto, recostada em seu ombro... Seu colo. Beije-me os lábios que te chama, ensine essa criança a amar de verdade, a sentir o corpo feminino com a sensibilidade que lhe cabe... a sensibilidade que se expressa em sua escrita.
Ma Chérie, ne me quitte pas. No sé olvidé de mí. No dejame sola.
Despedida.
O chocolate na bolsa
O coração saltitante
Os versos no papel
E a coragem...
Ela vai e deixa-me
Acompanho com o olhar
Minhas mãos em suas pernas
Da panturrilha até as coxas
Percorrendo a imaginação...
Penetrando pensamentos...
Ilusão.
Sinta-se
Como te sinto
Completamente
Instável...
Eu tinha medo e tudo que temia aconteceu. Penso nela antes de dormir, sinto seu cheiro no meu travesseiro. O único cheiro que senti uma única vez em minhas vestes. Aquele doce e inesquecível abraço. Preciso de sanidade para dormir, mas por enquanto isso está fora de cogitação. Não durmo enquando não a imagino nos meus braços, enquanto não me vem a imagem das suas costas... SUAS COSTAS. Nuas, com pintas que pintam o sete da minha imaginação.
Mulher provocante por que atravessastes o meu caminho? Agora preciso nutrir essa ilusão com algumas visões que se formam depois de tanto te admirar. És bela e isso me deixa desnorteada.
Meus olhos fecham agora. O sono bate na porta e vou recostar-me. Dormir para sonhar contigo, para chegar o dia de amanhã e quem sabe admirá-la mais um pouquinho... juntar corpus para escrever. Escrever sobre e para ti...
Deitai sobre meu corpo nu e adormecer...
Deitai sobre minha inocência e despertar...
Deitai sobre meus sonhos e divagar...
Deitai na minha sanidade e enlouquecer...