Blog composto de textos, versos e poemas de minha autoria, fruto de um amor sem fim...
domingo, 23 de outubro de 2011
Ipanema
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Inspirações acadêmicas
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Aurora Perfilada
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Palpite
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Tremulando reflexões
As mãos trêmulas. Sempre trêmulas. Por que não exprime por meio de lágrimas suas angústias? O coração duro. A rocha intacta. Quem és tu?
Medo. Teme o suspiro do vento. Teme a voz indagadora dos sentidos desconexos. Por que não assume sua fraqueza?
Noite em claro. Dormirá sozinha como outras noites antes da minha chegada. Criança. O pega-pega a pegou de jeito, o jogo tornou-se sério e verdadeiro.
O verbo. Conjugou sem medidas, não se arrepende, mas sofre... Eis a prova da vida.
Bailaste a dança
Mais insegura que conhecia
Se sofre agora, agradeça
Há alguém que te estima.
Mulher. És tão confusa e imprevisível, não crie esperanças nem alimente algo que não frutifica.
Ela não tem ninguém e jamais terá, eis a sina de uma dramática que persistirá.
Criou um mundo
Promoveu indagações
A ironia aparente
É o reflexo de sua mente.
Dorme criança imatura, acordarás com outros pensamentos... talvez bons, talvez ruins... mas sempre ambíguos e estridentes.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Despertar de um sonho
Despertar de um sonho
O corpo seminu
Descobrindo-se...
Mãos ainda meninas
Acariciando-na...
No leito encontra-se a bela
Mulher dos devaneios claros
Na sua completude e simplicidade
Entregue aos momentos desejáveis.
Olhos semicerrados à espera
De um amanhecer inesperado
Respiração compassada
Receptora de beijos e abraços.
Estrutura frágil e complexa
Mulher X e misteriosa
Entre suas montanhas correm
O riacho,
Seus prazeres inexplicáveis...
Desperta-se de um sonho
Mais real que o ilusório
A consciência permite
A felicidade dos corpos.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
De volta ao lar
O ônibus desce a Avenida Brasília e eu já acordo, vejo o Bola 7, a Federal e outros estabelecimentos que eu não conhecia ou me fugiram o nome, transporto-me para um livro de Ganymedes José que estudei na 8ª série no IE de 2004, lá ele contava a história de Marília de Dirceu e a famosa Ladeira da Saudade onde os apaixonados se encontravam, a minha Ladeira é Av. Brasília, onde volto apaixonada por minha querida cidade.
Ao chegar a rodoviária numa madrugada me deparo com uma cidade vazia, um silêncio que desperta minha curiosidade: por que Araçatuba dorme tanto? Desço novamente a Ladeira e sigo pela Pompeu, antes da traseira de uma bicicleta e agora no banco de trás de um carro. Observo a fachada do Araçatuba Shopping, a reforma do córrego e o silêncio. Saio do centro e me adentro pelos bairros Icaray e Jussara, passo pela passarela que agora está segura e engaiolada. As lembranças veem à mente, as idas e vindas da escola, os “quase” acidentes ocorridos pelo trânsito de motos em lugares indevidos. Avisto o Supermercado Rondon que cresceu com os meus pais; recordo-me dos vários sorvetes e churros degustados depois de uma compra mensal.
Adentro-me para o seio da minha família, vejo a igreja Nossa Senhora de Fátima onde fiz minha Crisma, passo pela rua São Francisco onde uma tia mora e onde passei momentos maravilhosos. Sigo por uma rua principal que liga o Jussara com o Lago Azul, avisto a granja onde buscava ovos com meu pai nas manhãs de sábado, o pasto que continua o mesmo, mas ao fundo vejo as “torres” da Fábrica da Nestlé.
Ao entrar no bairro da minha infância me deparo com outro em expansão, um que não sei o nome, mas já é composto por muitas casas e histórias que me são alheias.
Vejo a igreja de minha primeira comunhão, lembro-me das leituras que fazia quando frequentava os bancos dela; avisto duas escolas a “Antonio Rodrigues Martins Neto” e “Mariana Guedes Tibbagy”... as lágrimas correm... Recordo-me dos dias de berçário, parquinho e cadeiras, metade da minha vida passei nelas.
Na minha rua não vejo mais tantas árvores como antigamente, não há tantas crianças brincando, talvez estejam em frente a tela de um computador, assim como eu também estaria... Lembranças dos campeonatos de futebol que fazíamos, das tabelas de basquete em frente de casa, do barbante que ligava um portão ao outro para jogarmos vôlei, da tevê na calçada e o sofá no asfalto para vermos a Copa do Mundo de 2002.
Procuro a chave do portão, grito “O de casa” minha mãe vem correndo e me dá AQUELE abraço apertado, é difícil não deixar as lágrimas escorrerem... ela me avalia e pergunta se estou com fome, diz que meu pai fez a ábobora cabochã com carne seca como eu havia pedido, eu ainda estática a observo e meus olhos expressam o amor que eu havia negado na minha tenra infância.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Depressões
Ela senta diante de um trono incerto... a cama desfeita... o edredon amassado num canto ilustra a noite em que passaram juntas... o quarto com seu olor de corpos esgotados...
O sono aparente... Sua estrutura se finda em qualquer toque... o corpo desmorona como cristal... Arranha-céu... onde estará o inalcançável? Vê diante de um espelho a imagem dela... desfalece...
Entrega-se...
A lágrima contida sem motivo aparente. Os anos passam...
Diante de uma janela ela observa a vegetação. Não há nada além de quadros e estruturas metálicas... onde estará?
Fernanda está feliz, está se sentindo completa... e por que se porta dessa forma? Será o spleen de Álvares que a assolou? Não vês que tudo isso é fruto de sua imaginação?
Estirada na cama observa a menina que um dia foi... Sentes saudades de uma infância que não mais lembra como deveria? Sentes falta do carinho diário e da melancolia constante dos seus 15 anos? Não... Sim... Não... Sim... Talvez...
Quem és? Quem serás? Ela não sabe... mas sua vida está só começando...
Fernanda? Beatriz? Não... instantes...