quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O mito da caverna




 Eu não sei dizer se a aprendiz deixou de ser poeta, suas palavras agora são breves e escassas... O sentimento continua latente. E a poesia? Personificada em uma musa da realidade.



O mito da caverna

No princípio eu via imagens
Frutos da imaginação
Uma realidade criada
Para saciar os meus anseios.

Depois de conhecer a pele
Com seus toques verdadeiros
A união de nossos corpos
Nunca mais fui a mesma.

O que era sombra se transformou
Apareceu de corpo inteiro
Da minha caverna me retirei
Para perceber o mundo
Com meus olhos traiçoeiros.

Mas a privação retornou
Abalou o meu espírito
A caixa de Pandora não quer fechar
O que for feito para voar.

O toque de recolher
A luz que se apaga
O brilho que se ofusca
Deixa a mulher
Desfalecer...

terça-feira, 25 de junho de 2013

Essencia-me

Fernanda voltou e a sinto tão intensa dentro de mim... perpassam imagens, sensações, devaneios... que bom que ela não foi embora para sempre... Deleita-se agora em meu mundo...

Seu cheiro aromatiza
O ambiente em que habito
Suas mãos envolvem
O corpo indeciso.

Sua sensibilidade toca
Nas profundezas do meu ser
Meu coração sofre
Quando de noite não te sente...

Seu sorriso me diz
Que posso ser feliz
Seus lábios se rendem
Proferem palavras que me prende...

Beleza de mulher
Que sabe o que quer
Presenteia-me com seus olhares
A riqueza dos palmares.

Realeza do meu palácio
Cheio de liberdade
A libélula que voa
Ao encontro de uma proa.

Sereia que me canta
E me leva para o precipício
Perigo dos seus braços
Que entrelaçam.

Dama da minha literatura
Musa de minha poesia
Mulher que me inspira
Em noites de magia...

domingo, 23 de junho de 2013

O despertar



Depois de tanto tempo a chama acende e é impossível abrandá-la... é neste momento em que deixo as palavras preencherem a folha em branco... despertar o sentimento contido e inflamá-lo loucamente...


Dormir e não acordar
Das ilusões de um só sonho
Deixar-se levar pelas ondas
De um único oceano...

Tormenta da madrugada
O balançar do navio enjoa-me
O sono acalma-me
Quando ao seu lado recosta-se.

O horizonte pelo barco
Os rochedos ao amanhecer
A paisagem incerta do paraíso
Onde só vejo você...

Princesa que desperta
Na noite fria em alto-mar
Acaricia minhas pupilas
Com seu doce olhar.