terça-feira, 17 de junho de 2008

Indagações


Sabe quando você acorda com uma sensação estranha de que não fez nada de errado, mas o coração dói sem explicação? Acordei assim no domingo passado:

A poeta queria se explicar, mas nada tinha explicação, sentia saudades, queria conhecer a poesia, os versos que escrevia enquanto estava no seu lar, mas só encontrava um quarto, frio, triste, duas camas, guarda-roupa embutida, e mesmo com suas roupas não se sentia em casa.

Foi sua escolha.

Eu sei disso, estou feliz por estudar aqui na Unesp de Araraquara, mas falta algo que não sei explicar, não é um poema...

O que é então?

Sei lá, estou contente, tenho amigos, tenho inspirações, o lugar é maravilhoo, tenho acesso à internet a hora que eu quiser, são tantas liberdades que me sinto presa.

Que confusão, mas acho que te entendo.

Me entende?

Sim, mas é difícil explicar, somos duas pessoas distintas, uma hora estou em você, mas você dificilmente sabe onde estou.

Por que vc quer tocar nesse assunto?

É um elo, só isso, você precisa admitir quem você é.

Quem eu sou? Não quero discutir filosofia agora.

Tudo bem, mas você tem que parar com isso.

Com isso o que?

Parar de tentar fugir, de ser eu nas horas difíceis.

Tem razão...

Quero o seu bem, por que você não pensa em mim quando está feliz?

Não sei, tenho medo da felicidade...

Sabe o que acontece?

O que?

Você não sabe viver.

Admito, não sei.

Vem comigo?

Pra onde?

Pra dentro de si...


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