sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Turbilhão de sensações


Fernanda acorda com a sensação de que estragou tudo. Ou não? As pálpebras vão se abrindo... está enxergando bem? Milhões de pensamentos vêm à tona, seu coração torce de uma forma tão ambígua... suas mãos são tão incertas... Ao seu lado está um de seus sonhos mais reais... abraça-a... não quer pensar na possibilidade de...

Sentimentos. Ela suspira, fecha os olhos e abre novamente... quer ter a certeza que ainda está ali... conte comigo... queira-me... ela é o que expressa...

Desculpa-se... uma palavra proferida que feriu o coração que mais estima... um buraco se abriu... um vácuo momentâneo tomou conta do instante... ela sabe o que quer, o que deseja... quer proferir aquela palavra que lateja não faz pouco tempo... não pode, não deve dizer...

Realidade. Um cruzar de olhos, um despertar tão intenso... o desejo de abraçar em público, de tocar os lábios quando sentir vontade... o pedido é uma ordem... Fernanda não extrapole...

Entrelaçadas. As mãos dentro do bolso, as vibrações... a corrente elétrica que perpassam as sensações mais incontroláveis... o elo...

Fernanda fecha os olhos, abre, fecha, abre, fecha... abre... fita o motivo de suas insônias, do seu despertar para uma vida nova, fita-a... a inspiração mais sublime, mais completa, mais incerta, mais realista... a mulher e a menina dos seus olhos... serei o que sempre fui... íntegra ao conceito de ser, de querer-te assim... poeticamente nesse mundo tão real...

O verbo não é proferido... Receio? Talvez...

3 comentários:

jhamiltonbrito.blogspot.com disse...

Conjugue o verbo, não perca a chance. O futuro a Deus pertence e por não sabê-lo , supere o medo e conjugue o verbo. No presente e no futuro, que o passado, ja era.
Lindo texto,lindona.Parabéns.

Ventura Picasso disse...

Cada dia melhor. A coragem de ser.
parabens!

Cecilia Ferreira disse...

Estpu com o Brito, hein? r*** Profira, profira!