segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Partículas dispersas



Os anos se passaram, o tempo mudou, as pessoas mudaram e tomaram decisões. Finalmente posso dizer que decidi o que é melhor pra mim, resolvi deixar o sentimento que me consome, deixar um amor que era a minha vida.


Fernanda por que acreditou nessas coisas que te disseram esse tempo todo? Por que procurou algo que não era para ser seu? O que você fez com você? Destruições. Transmutações. Vitórias. Derrotas. Acreditei que ia ser Pra Sempre, fui uma sonhadora, e agora sofro, sofres porque não soube pensar com a razão.


Ela esperava essas lágrimas escorrerem pela pele queimada do sol... ela não ia dormir mesmo. Não aguentaria fechar os olhos e sonhar com os sonhos que sonhava de um futuro juntas... De olhos abertos, de coração partido encontra uma fragilidade mais forte, mais estável que poderá suportar. Agora ela sabe que precisa superar, precisa esquecer. O tempo vai curar todas essas feridas. Paciência. Esperança. As partículas estão dispersas... o suor. O tempo. O TEMPO. Ela vai se reerguer e abrir as portas para um vida nova, renovada.



Fugir.


Esconder-se.


Voltar pra si.


Afastar-se.


Reencontrar-se.


Abrir os braços.


Viver uma amizade pura.




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Tu morres


Como cada partícula do meu corpo


Tu morres


Como cada esperança que tive.




Tu morres


Finalmente na minha vida


Tu morres


Para tornar-se outra.




Tu morres


Tu vives


Tu me libertas.




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