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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Suspiro de uma alma




A história começa com o simples suspiro, o sussurro de uma alma... divagante...



Fernanda caminhava por um campo abstrato onde viam-se figuras geométricas sobrevoando o espaço em que ficava estacionada. Ela admirava esses objetos incertos e se perguntava “onde estou? O que essas imagens significam pra mim?”.



A personagem estava “ambiguosamente” confusa... criava personagens distintos de sua forma de pensar e seu modo e razão de existir. Fernanda não sabia se jogava-se pelas escadarias do apartamento vizinho, típico de alguma literatura que nunca havia lido. Ela estava tão intensamente ligada naquele espaço que a fazia flutuar... ela simplesmente queria pegar qualquer ser estático e jogar em outro e fazê-lo explodir, cair em pedaços pelo chão encharcado de sangue humano, de estados fisiológicos...




Fernanda está sem ar, está asfixiada no plano que resolveu viver... perder-se em devaneio, em distúrbios psicológicos que ainda estão pra conhecer... Ela está semi-morta, dentro de uma alma que continua viva. Semi-viva. Talvez.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Deixe-me...

Alguns anos se passaram e eu ainda estou aqui, entregue à essa tecnologia que me vicia todos os dias... Conseguirei viver sem a internet? Sem a íntima ligação entre um NÓS que não existe há muito tempo?



A criança não abre mais os olhos, o que vai enxergar? Um mundo de mediocridade, de desejos, de sonhos vãos? A criança não sente suas mãos, mas brinca com as bonecas humanas que a cercam... Será que isso é suficiente para curá-la desse mal? A criança não chora, a criança é tão duramente deplorável... É um inseto que come do veneno e morre aos poucos... é o rato que devora um queijo maldito, para saciá-lo, para alimentar o que o constitui... A criança não é humana... Foi ao encontro da medusa que a transformou em pedra... deixou-se cair pelo canto das sereias e está morrendo afogada... águas saem pelos seus poros... jorra... a fonte seca... suas veias transbordam... O corpo esgota-se...

O que fazer com essa alegria constante em meus lábios? Meu sorriso é contagiante como o ódio que às vezes invade meu peito... Polaridade que incomoda membros mais próximos... O amor que sente é tão poderoso e inevitável... A raiva vem e passa e machuca e transforma...

Deixe-me dizer o que me afligue... São aqueles belos pares de pensamentos... aqueles sensatos e libidinosos... força tão intensa que me faz pensar em cenas... em momentos que nunca hão de existir... São mentes que me saciam e me metamorfoseiam...


segunda-feira, 22 de março de 2010

Estou apaixonada... Borboletas...



Eu estou apaixonada, mas não sei se é pela literatura, pela música ou por essas mulheres... Estou apaixonada por um verso que não se forma, por uma voz que não ouço...


Estou apaixonada pela desenvoltura dessas mulheres que tiram o meu sono... uma que é uma paixão eterna, outra que passa... uma de estatura baixa e semelhante a uma atriz que nunca ouvi falar... e outra... uma mulher muito mais velha, que me encanta com o seu andar, com um vestido estonteante e umas pernas que me faz arrepiar...
Estou apaixonada pela minha paixão, não sei mais o que é poesia, não encontro mais sentidos para escrever versos... só sinto as sensações na pele, sem a transferência para o papel.


Estou transbordando energia... adrenalina... e desejo que ela se acumule até eu não conseguir suportar... não escreverei poemas até sentir que não posso mais suportar toda essa carga dentro de mim... quero explodir de uma só vez, escrever com qualidade... quantidade está fora de cogitação.

Estou apaixonada e confusa com todas essas tentações ao meu redor, não quero fazer tudo pela metade, quero terminar o que comecei... quero me sentir protegida por braços femininos, quero sentir o calor da pele, os beijos... quero sair do meu casulo e ser finalmente uma borboleta, metamorfosear - me completamente.



Estou apaixonada e sei que isso vai acabar comigo. Que venham os desafios!!!