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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ser ou não ser?


Entre quatro paredes ela se pergunta, quem sou eu? Os objetos que compõem seu quarto certamente poderiam identificá-la, mas são vários Eus que se confundem em cada espaço de sua minúscula habitação.

Prosta-se nua em frente ao espelho e vê que as mudanças ocorreram, aquele corpo de menina há muito tempo se foi... e agora é uma mulher!

Ela se conhece em cada toque de suas mãos, a cada carícia dada que enfeitiça seu ego... ela se deita e proclama!

A pergunta novamente a chama... Quem sou eu?

A pele negra com manchas de sol nunca a incomodara... considera-se negra?

Em sua estante alguns livros se encontram, mas nenhum deles falam de sua raça e sim dos seus sentimentos.


Negra talvez seja,

Mas não sabe de sua cultura

A cor está na pele,

Mas a consciência é imatura.


Grita aos quatro ventos

Que é descendente de africano,

Em seus olhos vemos o preconceito

De um povo traiçoeiro.


A História foi traçada

Basta se adaptar

Saiba quem você é

Pra depois dar no pé.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Encontros e desencontros


O que prende meus olhos não é o sono, mas sim a feição ainda jovem daquela mulher. Sua face denuncia o cansaço. Ao roer as unhas alerta a ansiedade com a partida. Braços dados com seu homem, caras e bocas em aprovação ou não do que é dito.

O beijo da despedida, o olhar triste, encontros e desencontros de seres que ainda se ama, de seres que se esperam...

Pensar faz-me outra totalmente estranha. Não me incomoda a solidão, incomoda-me o não me encontrar nos atos, nas atitudes incertas, nos gozos momentâneos.

Não me envergonho de amar

A mulher do próximo

Envergonho-me não sentir

Essa mulher passar

E eu não sorrir...


Deveria me sentir

A maior das pecadoras

Por deliciar-me em sonhos

Com a sedutora...


A consciência não pesa

Quando penso nela

A razão somente me alerta

“Cuidado com a fera!”


Confesso, eu sinto

Meus instintos se aflorarem

Escrevo um poema todos os dias

Depois de admirar

A figura que hesita.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fragmentos de mim


Enquanto sentes a pele queimando, a chama consumindo seu corpo e sua voz ecoando internamente, seus nervos recuam... sua concentração se esvai...


Quem disse que não sou poeta? Quem disse que não posso acordar sem um pingo de sentido e ainda por cima escrever?


INSPIRAÇÕES??? Transpirações... Trabalho árduo e sofrimento... Figuras de linguagem ilógicas...


Enquanto sentes o mundo desabando em suas costas, sentes uma dor insuportável... um lamento perceptível... um futuro inesperado...


Palavras jogadas somente... estrutura simbólica que representa o que me aflige... quem eu sou... SER FRAGMENTADO...


Quero-te de volta na minha vida... inteira... mente... complexa...